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© Rubens Queiroz de Almeida
Imagine um shopping center. Durante o dia, milhares de pessoas percorrem os seus corredores, deixam marcas de pisadas, derramam sorvete no chão, jogam papel no lugar errado. No final do dia a coisa fica bem feia.
No encerramento do dia, as portas são fechadas e entra em campo uma outra equipe, para deixar tudo prontinho para o dia seguinte. Imagine só se não houvesse esse exército de anônimos, que não vemos ou conhecemos, para executar esse trabalho tão fundamental para que todos se sintam acolhidos em lugar bonito e saudável?
A mesma coisa acontece com o sono. Você sabia que não dormimos para descansar, mas sim para colocar ordem em nosso cérebro? Durante o dia somos expostos a diversos estímulos, recebemos uma quantidade inimaginável de informações por meio dos cinco sentidos, e precisamos organizar tudo isso, jogar fora algumas coisas e guardar o que for mais valioso na memória de longo prazo.
O sono é uma fase muito ativa de nossas vidas, a vantagem é que ao dormir reduzimos a quantidade de informações que recebemos do mundo exterior e podemos nos concentrar em arrumar a casa.
Infelizmente ainda faz parte do imaginário popular pensar que as “esticadas”, ou seja, virar a noite estudando, podem nos trazer algum benefício. É um esforço totalmente perdido, pois mesmo que você consiga algum resultado positivo, nada do que você estudou é retido, e pior, você não permitiu ao seu corpo a realização de um trabalho de manutenção tão essencial à nossa sobrevivência e perfeito funcionamento como seres humanos.
Da mesma forma, no estudo de idiomas, mais vale estudar 5 minutos todos os dias do que estudar por horas a fio em um final de semana. Ao estudar todos os dias desenvolvemos um hábito, ou seja, estudar o idioma torna-se parte de nossa rotina e quando não cumprimos esse roteiro nos sentimos desconfortáveis. Porém o mais importante é que damos tempo ao nosso cérebro para processar essa informação e incorporá-la aos nossos circuitos neurais, tornando-se parte de nossa memória de longo prazo.
Aprender inglês é um processo, que leva tempo e requer esforço. Não existe fórmula milagrosa, embora muitas empresas tenham ficado ricas vendendo exatamente esta ilusão. É fundamental que você faça um planejamento, escolha os recursos que mais lhe agradam para desenvolver as quatro habilidades (ler, escrever, falar e ouvir).
Importante, ter um desejo vago, tal como “quero aprender inglês”, não vai te levar a lugar nenhum e muito provavelmente você se matriculará em um curso de inglês tradicional ou online e vai jogar seu dinheiro fora. Você precisa ter uma razão forte para aprender inglês, precisa saber que qualquer aprendizado requer que você saia da sua zona de conforto, e precisa dedicar tempo ao estudo.
Muito sucesso para você 😊
